Nos últimos anos, os multirotores, principalmente os de 4 motores de baixo custo, têm se difundido por toda parte. A tecnologia antes desenvolvida para uso exclusivo militar banalizou-se. As lojas de shopping apresentam em suas vitrines modelos mais populares e de preços convidativos. Alguns fabricantes Chineses, Americanos e de outros países Asiáticos têm desenvolvido tecnologias de modo a facilitar a operação dessas aeronaves. Hoje podemos encontrar nas lojas modelos que teoricamente “qualquer um poderia voar”. As tecnologias como voo controlado por GPS, ultrassom, barômetros e acelerômetros facilitaram bastante o manejo desses dispositivos.
O usuário se encanta com os pequenos drones pairando no ar e fazendo belas imagens. Pensar que essa possibilidade pode estar ao seu alcance também, por alguns milhares ou apenas centenas de reais, despertou interesse em muitos. Temos, enfim, visto um crescimento abrupto e desordenado de “drones brinquedos” e equipamentos profissionais nos ares de todo país.
O que não se sabe é que esses mesmos “drones brinquedos” ou equipamentos profissionais operados por amadores podem se tornar uma atividade perigosa, trazendo sérias consequências aos usuários e por onde ele passar. Tais drones de pequeno e médio porte, contam sim com uma tecnologia embarcada bastante avançada, mas o que as pessoas não sabem é que essa mesma tecnologia está sujeita a falhas, quer por fatores climáticos, operacionais e até externos ao nosso planeta.
Fatores como: calibração dos acelerômetros, vento e tempestades solares podem sim causar interferência suficiente para causar uma falta de controle inesperada. Aí é que reside um sério problema. Algumas “empresas” e amadores, que em grande parte utilizam a famosa linha DJI Mavic, não levam isso em conta para prestar o serviço de fotografias e filmagens aéreas.
O que se tem visto nos últimos tempos é um verdadeiro leilão de serviços não especializados, onde os pilotos de fim de semana tem comprado seus brinquedos em shoppings e oferecido de forma irresponsável serviços que deveriam ser oferecidos por profissionais qualificados com conhecimento e preocupados com a segurança.
Desde 2015, antes mesmo da publicação em maio de 2017 de uma atualização da ICA 100-40 pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo da Aeronáutica – DECEA, a produtora Gabribas elaborou uma lista de princípios de condições de voo com drones. Tal documento sempre é enviado em conjunto com as propostas de orçamento elaboradas pela empresa.
Condições de Voo
Conforme Norma da Aeronáutica – DECEA – Departamento de Controle do Espaço Aéreo – o vôo com Drone (RPA ou VANT) – ICA 100-40 – última atualização de 03 de julho de 2023 – deverá obedecer às seguintes regras:
1 – O vôo não deverá ser a altitude superior a 400 pés (120 metros).
2 – O Drone deve permanecer durante todo o tempo do vôo ao alcance da visão dos operadores.
3 – O vôo só será permitido a 30m de distância de pessoas ( com o consentimento das mesmas) ou a 60m de distância de pessoas (sem o consentimento das mesmas).
4 – O local de vôo deverá ser avaliado pela equipe quanto as possíveis interferências de rádio frequência e eletromagnéticas.
5 – Vôos indoor serão permitidos se as condições acima forem atendidas.
6 – Todos os nossos equipamentos dispõem de seguro RETA obrigatório.
Devemos ressaltar que o voo com drone só poderá ser realizado com condições climáticas que permitam segurança. Quando estas condições não forem favoráveis o contratante se compromete a custear as despesas de estadia e alimentação da equipe até que seja possível efetuar o voo . Tais condições adversas são:
a) ventos superiores a 12 m/s.
b) chuva em qualquer intensidade.
Estas condições são imperativas e tem o objetivo de preservar os equipamentos e a segurança de todos.